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sábado, 30 de abril de 2011

Ao Sábado: la conversation

Brooklyn Decker

“Le plus grand mérite d’une poésie, c’est d’être bien placée dans la conversation.”
- Marcel Pagnol

Estoril Open

Parece que está a decorrer muito bem esta edição do Estoril Open!

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Venlo contrata um "jogador" de ... 18 meses, baseado num vídeo



O inglês Stanley Matthews assinou o primeiro contrato profissional com o Stoke City aos 17 anos. Pelé foi atraído para os escalões da formação do Santos com 15 anos, e com dez anos Maradona destacou-se como uma estrela à vista de um olheiro do Argentinos Juniors. Messi, o melhor jogador do mundo da actualidade, mudou-se de um clube de bairro para o Newell''s Old Boys com apenas oito anos, antes de rumar à Catalunha numa altura em que tinha apenas 13 anos.

O modelo de negócio no futebol actual assim obriga. Hoje em dia, os clubes não podem esperar que os talentos sejam formados por outros para depois serem obrigados a gastar milhões de euros que não têm para contar com os melhores jogadores do mundo. Em Portugal, os grandes da formação não são excepção. O número de estrangeiros é cada vez maior porque Sporting, Benfica e FC Porto não têm capacidade financeira para lutar contra os tubarões da Europa pelos jovens talentos. Ontem, o FC Porto foi campeão nacional de juniores e o ganês Christian Atsu foi uma das referências. Em Março de 2005, foi o Sporting a dar um passo a pensar no futuro com a contratação de um romeno de dez anos, chamado Cristian Ponde, que jogava no Olhanense. Cada vez mais, a máxima reinante baseava-se na juventude, na margem de progressão e no magnífico retorno que o jogador pode dar no futuro.

O passo seguinte foram as redes sociais e os vídeos no YouTube. Os holandeses do Venlo (17.º e penúltimo classificado do campeonato holandês) bateram todos os recordes e esperam agora que tenham um novo Messi na sua formação. Para já, o argentino e a nova estrela da formação do Venlo, Baerke van der Meij, têm uma coisa em comum: chegaram numa altura em que ainda eram pequenos. Van der Meij, contudo, tem uma desculpa: só tem 18 meses.

O processo de recruta foi muito simples. O pai da criança decidiu pôr um vídeo de algumas habilidades do rebento na internet. Nele, pode ver-se Baerke a chutar com o pé direito uma bola para dentro de uma caixa de brinquedos. A partir daí, as duas partes chegaram a um acordo de dez anos e tudo indica que o jogador tenha sido representado pelo pai. A duração do contrato foi considerada simbólica, mas ainda assim o Venlo emitiu um comunicado: "A posição favorita do jovem ainda não foi determinada, mas estamos seguros em afirmar que se trata de um jogador destro com uma excelente técnica de remate, perseverança e, mais importante que tudo, tem os genes de futebolista por causa do avô [que também terá sido jogador]."

A acção poderá limitar-se a uma estratégia de marketing, mas o vídeo chega para impressionar alguns.

Fonte: Jornal i 

FC Porto nas asas de Falcao

E tenho aqui mais uma meia dúzia de frases feitas, que ilustram na perfeição o espectacular jogo portista de ontem:

"FC Porto é um rolo compressor"
"FC Porto de submarino para Dublin"
"FC Porto carimba o passaporte para Dublin"
"Banho de bola no Dragão"
"FC Porto demolidor esmaga o Villareal"
"FC Porto: com Hulk e Falcão se ganha o milhão"
"FC Porto faz história"
"O Tsunami Falcao coloca FC Porto na Final"
"FC Porto afunda submarino amarelo"
"Em Dublin também se fala Português"

ou o meu favorito:

"Torpedo certeiro"

PS: eu sei, falhei nos resultados, mas acertei nos vencedores. Continuo a acreditar piamente na dactilomancia

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Portugal a Islândia e o FMI

Ainda a propósito deste artigo, deixo aqui um texto que me chegou por email, que reflecte a "necessidade" da ajuda do FMI a Portugal...


Estamos neste estado lamentável por causa da corrupção interna - pública e privada com incidência no sector bancário - e pelos juros usurários que a Banca Europeia nos cobra. Sócrates foi dizer à Sra. Merkle - a chanceler do Euro - que já tínhamos tapado os buracos das fraudes e que, se fosse preciso, nos punha a pão e água para pagar os juros ao valor que ela quisesse. Por isso, acho que era altura de falar na Islândia, na forma como este país deu a volta à bancarrota, e porque não interessa a certa gente que se fale dele)

Não é impunemente que não se fala da Islândia (o primeiro país a ir à bancarrota com a crise financeira) e na forma como este pequeno país perdido no meio do mar, deu a volta à crise. Ao poder económico mundial, e especialmente o Europeu, tão proteccionista do sector bancário, não interessa dar notícias de quem lhes bateu o pé e não alinhou nas imposições usurárias que o FMI lhe impôs para a ajudar.

Em 2007 a Islândia entrou na bancarrota por causa do seu endividamento excessivo e pela falência do seu maior Banco que, como todos os outros, se afogou num oceano de crédito mal parado. Exactamente os mesmo motivos que tombaram com a Grécia, a Irlanda e Portugal. A Islândia é uma ilha isolada com cerca de 320 mil habitantes, e que durante muitos anos viveu acima das suas possibilidades graças a estas "macaquices" bancárias, e que a guindaram falaciosamente ao 13º no ranking dos países com melhor nível de vida (numa altura em que Portugal detinha o 40º lugar).

País novo, ainda não integrado na UE, independente desde 1944, foi desde então governado pelo Partido Progressista (PP), que se perpetuou no Poder até levar o país à miséria. Aflito pelas consequências da corrupção com que durante muitos anos conviveu, o PP tratou de correr ao FMI em busca de ajuda. Claro que a usura deste organismo não teve comiseração, e a tal "ajuda" ir-se-ia traduzir em empréstimos a juros elevadíssimos (começariam nos 5,5% e daí para cima), que, feitas as contas por alto, se traduziam num empenhamento das famílias islandesas por 30 anos, durante os quais teriam de pagar uma média de 350 Euros / mês ao FMI. Parte desta ajuda seria para "tapar" o buraco do principal Banco islandês.

Perante tal situação, o país mexeu-se, apareceram movimentos cívicos despojados dos velhos políticos corruptos, com uma ideia base muito simples: os custos das falências bancárias não poderiam ser pagos pelos cidadãos, mas sim pelos accionistas dos Bancos e seus credores. E todos aqueles que assumiram investimentos financeiros de risco, deviam agora aguentar com os seus próprios prejuízos. O descontentamento foi tal que o Governo foi obrigado a efectuar um referendo, tendo os islandeses, com uma maioria de 93%, recusado a assumir os custos da má gestão bancária e a pactuar com as imposições avaras do FMI.

Num instante, os movimentos cívicos forçaram a queda do Governo e a realização de novas eleições.

Foi assim que em 25 de Abril (esta data tem mística) de 2009, a Islândia foi a eleições e recusou votar em partidos que albergassem a velha, caduca e corrupta classe política que os tinha levado àquele estado de penúria. Um partido renovado (Aliança Social Democrata) ganhou as eleições, e conjuntamente com o Movimento Verde de Esquerda, formaram uma coligação que lhes garantiu 34 dos 63 deputados da Assembleia). O partido do poder (PP) perdeu em toda a linha. Daqui saiu um Governo totalmente renovado, com um programa muito objectivo: aprovar uma nova Constituição, acabar com a economia especulativa em favor de outra produtiva e exportadora, e tratar de ingressar na UE e no Euro logo que o país estivesse em condições de o fazer, pois numa fase daquelas, ter moeda própria (coroa finlandesa) e ter o poder de a desvalorizar para implementar as exportações, era fundamental.

Foi assim que se iniciaram as reformas de fundo no país, com o inevitável aumento de impostos, amparado por uma reforma fiscal severa. Os cortes na despesa foram inevitáveis, mas houve o cuidado de não "estragar" os serviços públicos tendo-se o cuidado de separar o que o era de facto, de outro tipo de serviços que haviam sido criados ao longo dos anos apenas para serem amamentados pelo Estado. As negociações com o FMI foram duras, mas os islandeses não cederam, e conseguiram os tais empréstimos que necessitavam a um juro máximo de 3,3% a pagar nos tais 30 anos. O FMI não tugiu nem mugiu. Sabia que teria de ser assim, ou então a Islândia seguiria sozinha e, atendendo às suas características, poderia transformar-se num exemplo mundial de como sair da crise sem estender a mão à Banca internacional. Um exemplo perigoso demais.

Graças a esta política de não pactuar com os interesses descabidos do neo-liberalismo instalado na Banca, e de não pactuar com o formato do actual capitalismo (estado de selvajaria pura) a Islândia conseguiu, aliada a uma política interna onde os islandeses faziam sacrifícios, mas sabiam porque os faziam e onde ia parar o dinheiro dos seus sacrifícios, sair da recessão já no 3º Trimestre de 2010. O Governo islandês (comandado por uma senhora de 66 anos) prossegue a sua caminhada, tendo conseguido sair da bancarrota e preparando-se para dias melhores. Os cidadãos estão com o Governo porque este não lhes mentiu, cumpriu com o que o referendo dos 93% lhe tinha ordenado, e os islandeses hoje sabem que não estão a sustentar os corruptos banqueiros do seu país nem a cobrir as fraudes com que durante anos acumularam fortunas monstruosas. Sabem também que deram uma lição à máfia bancária europeia e mundial, pagando-lhes o juro justo pelo que pediram, e não alinhando em especulações. Sabem ainda que o Governo está a trabalhar para eles, cidadãos, e aquilo que é sector público necessário à manutenção de uma assistência e segurança social básica, não foi tocado.

Os islandeses sabem para onde vai cada cêntimo dos seus impostos.

Não tardarão meia dúzia de anos, que a Islândia retome o seu lugar nos países mais desenvolvidos do mundo. O actual Governo Islandês, não faz jogadas nas costas dos seus cidadãos. Está a cumprir, de A a Z, com as promessas que fez.

Se isto servir para esclarecer uma única pessoa que seja deste pobre país aqui plantado no fundo da Europa, que por cá anda sem eira nem beira ao sabor dos acordos milionários que os seus governantes acertam com o capital internacional, e onde os seus cidadãos passam fome para que as contas dos corruptos se encham até abarrotar, já posso dar por bem empregue o tempo que levei a escrever este artigo.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Dactilomancia

dactilomancia
(dactilo- + -mancia)
s. f.
Arte de adivinhar por meio dos dedos.

O meu palpite, podem apostar que eu não falho - isto é uma ciência certa: Benfica ganha 2-0; Porto ganha 1-0. Pronto já está.

Hausnarketa (*)

(*) estou em reflexão, a vontade de escrever até é bastante, mas o tempo esse... Espero que apreciem alguns posts, como este, que aí se aproximam...


"Memory believes before knowing remembers. Believes longer than recollects, longer than knowing even wonders."

~ William Faulkner

Palavra do dia: conventículo

conventículo
(latim conventiculum, -i, pequena reunião, local de reunião)
s. m.
1. Reunião clandestina que só maquina o mal.
2. Assembleia de feiticeiros, bruxas ou afins.
3. Casa de prostituição. = alcoice, bordel, lupanar

Lendo isto e também isto...

terça-feira, 26 de abril de 2011

Jorge Jesus, o esplendoroso

«Os jogadores do Benfica quando vão a qualquer jogo sabem ao pormenor sobre o que vamos fazer. Até sabem a marca do perfume dos jogadores adversários.»

Living in New York 1940



untitled, NY
photo by Helen Levitt, 1940

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Boxadrez é o que está a dar!

A modalidade tem pouco mais de três anos, mas o duelo entre a força e o raciocínio está na moda. Londres rendeu-se e agora não quer outra coisa...

Esqueça o socialmente correcto. Se um adversário lhe ficar com o bispo durante um jogo de xadrez é perfeitamente legítimo que pense: "Raios! Daqui a dois minutos já te dou um murro no queixo!" A não ser, claro, que na próxima jogada ouça da boca meio ensanguenta do seu adversário um "xeque-mate". Aí já não há nada a fazer. Vai ter de refrear os ânimos e aceitar a derrota. A modalidade que tem tudo para agradar aos Rockys e aos Einsteins deste mundo pulou da banda-desenhada para a vida real.

Primeiro a luz fica mais fraca, até a sala se transformar numa espécie de clube nocturno. O ringue permanece misteriosamente iluminado e quando a campainha toca os dois pugilistas sentam-se à mesa e põem os auscultadores. Ignore o facto de os dois homens estarem de calções e tronco nu. O primeiro assalto podia ser para nerds com óculos fundo de garrafa e camisa abotoada até ao pescoço. Os mais desconfiados vão achar que se trata de uma cena para "Os Apanhados", mas só até ao próximo round. Depois do primeiro gancho a brincadeira fica séria. Não é boxe, não é xadrez. É boxe-xadrez (ou boxadrez). A modalidade é relativamente recente, mas já conquistou a Europa e, imagine-se, até virou moda em Londres, palco dos grandes torneios mundiais.

 
Regras


Se pretende aventurar-se no boxe-xadrez, saiba que não basta ter a pujança física de um Mike Tyson ou a mente brilhante de Garry Kasparov. Tem de ser um pouco dos dois. Uma espécie de "Tysarov". A modalidade consiste em 11 assaltos alternados de boxe e xadrez. Primeiro joga-se uma partida de xadrez durante quatro minutos, depois três minutos de boxe, e assim sucessivamente. Há um intervalo de um minuto entre as rondas, e ganha quem fizer primeiro xeque-mate (jogada que põe fim à partida do tabuleiro) ou então quem deixar o adversário KO. (knockout). Se no fim dos 11 assaltos o jogo estiver empatado, vence quem tiver arrecadado mais pontos no boxe. Caso ainda exista uma igualdade, ganha o adversário que jogou com as peças pretas.


Origem

Amesterdão foi a primeira cidade a receber um Campeonato do Mundo de boxe-xadrez, em 2003. O artista holandês Lepe Rubingh inspirou-se na banda-desenhada do cartoonista Enki Bilal, e deu vida a um conceito que já existia na ficção francesa desde 1992. Rubingh achou que a modalidade descrita no livro - uma luta de boxe seguida de uma partida de xadrez - era impraticável e decidiu promover uma competição com assaltos alternados. Desde aí, o boxe-xadrez tem atraído centenas de profissionais na Europa. "A luta é feita no ringue e as guerras são travadas no tabuleiro", é este o mote da Organização Mundial de Boxe-Xadrez, que já conta com clubes oficiais em Berlim, Londres, Sófia (Bulgária) e Los Angeles. Correcção, clubes intelectuais de luta, como são conhecidos. Ao contrário do que se possa imaginar, os adeptos da modalidade defendem que a dinâmica do boxe e do xadrez não são assim tão desiguais. O conceito da disputa é basicamente o mesmo: protecção e ataque. A diferença reside no local onde são travados.

Fonte: Jornal i

domingo, 24 de abril de 2011

Sunday Morning: Hemingway


Dree Hemingway - Numéro #121 by Sofia Sanchez & Mauro Mongiello, March 2011

"C’est quand on est vaincu qu’on devient chrétien."
- Ernest Hemingway L’adieu aux armes 

sábado, 23 de abril de 2011

Ao Sábado: Smoke



“I saw the things that I love in this world. The work and the food and the time to sit and smoke. And I looked at the pen and I thought, what the hell am I grabbing this for? Why am I trying to become what I don’t want to be … when all I want is out there, waiting for me the minute I say I know who I am.””

- excerpted from Act II of Arthur Miller’s Death of a Salesman

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Melões há muitos!




Obviamente que falo disto

Palavra do dia: víspere

víspere
(francês disparais, desaparece, imperativo de disparaître, desaparecer)
interj.
1. Expressão usada para mandar retirar, sair ou afastar-se.
fazer víspere: abalar, fugir; sumir-se.

FC Porto verga o SL Benfica. Outra vez.

Benfica ajoelha-se à passagem do FC Porto
FC Porto. Eu tinha dito neste post, FC Porto numa luta fraticida, e uma pequena inconfidência, que o FCP estava a preparar esta meia-final como se de uma final se tratasse. E não me enganei, ou melhor, a minha "fonte" tinha-me avisado que "ainda vou à Luz estragar a festa"... Então parabéns pá, és grande. E a verdade é que foi inteiramente merecido, verdadeiramente alucinante, aquela 2ª parte, que distingue os verdadeiros campeões em campo, e os que primam pela bazófia. Os que partem para cima do adversário com vontade de ganhar e os que se encolhem, borrados de medo, com a impressionante atitude do adversário. O jogo foi ganho neste pormenor, na atitude. Uns tiveram-na, os outros não.

SL Benfica. Este era um daqueles jogos que não se poderia perder, mas a acontecer que não se comprometesse a eliminatória. Afinal nem uma coisa nem outra. E se há mérito indiscutível do FC Porto, que é muito mais equipa que o Benfica como se demonstra pelo parcial de 12-4 em jogos esta época, há também que olhar para dentro para tentar explicar esta derrota. Os jogadores Benfiquistas jogaram como se fossem um clube do meio da tabela que recebe um grande. Quase toda a equipa atrás da linha da bola, à espreita de um contra-ataque ou de uma falha do adversário, ou até de um ressalto. Se às vezes resulta, como se viu no jogo da 1ª mão, o mais natural é que o clube "grande" [FC Porto] depois de abrir o marcador vá por ali a diante e amplie o resultado, ao passo que o clube "pequeno" [SL Benfica] fica logo manietado porque a estratégia de defender o resultado ruiu, como um castelo de cartas.

E foi assim que aconteceu. O FC Porto jogou como um grande e o SL Benfica como um pequeno.


PS(1): Já sei que vão chover críticas dos encarnados, por isso recomendo a leitura deste artigo do "meu amigo" Marco do Bitaites, um verdadeiro Benfiquista.

PS(2): Já havia adeptos a organizarem a romaria ao Jamor, como se não houvesse um jogo ainda por disputar, um conselho. Para a próxima sejam mais humildes e trabalhem mais, deixem-se de basófias. A próxima é já daqui a nada e são os mesmos que dizem que a meia-final da Liga Europa é somente uma escala para Dublin...

PS(3): Na altura do 1º golo estava a ver a BenficaTV, porquê? Porque dali saem sempre grandes pérolas. E novamente não me senti defraudado. Moutinho marca o 1º golo portista e o narrador do jogo diz: «Golo do Porto... é impressionante... Moutinho é mais do Porto do que alguma vez foi do Sporting». Cá está o complexo de inferioridade encarnado a funcionar. A levar na pá em casa do rival, com a eliminatória por um fio e o que pensa este lampião? "Ah e tal e o Sporting, que não vale nada. Nós somos melhores do que o Sporting..." Pensamento pequenino, que é repetido por essa blogosfera fora (basta ver os blogs benfiquistas de hoje...) e que "guindou" o SL Benfica para a posição em que actualmente se encontra.

PS(4): "¡Así, así, así gana el Madrid!" Ainda não estou bem refeito, da derrota de 0-3, que os blancos nos infligiram em San Mamés. E confesso que também não gostei muito desta vitória na final da Copa del Rey. O Real Madrid pratica um tipo de futebol que não aprecio. Fica aqui o lamento.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Leões e Ratos

Palavras para quê, está aqui tudo explicado [lá e cá, também...] 

"Insólito: perdem o campeonato e estão contentes."  

"O Barça foi um leão, o Real Madrid, um rato." 


A realidade e a ficção são muitas vezes misturadas no futebol, mas convém atender aos factos para não nos distrairmos. No sábado disputou-se o primeiro dos quatro jogos que colocarão Real Madrid e Barcelona frente-a-frente num prazo de três semanas. O empate a um golo mantém a equipa catalã com uma vantagem de oito pontos, a seis jornadas do final da Liga. Após o encontro, no Santiago Bernabéu, ficou quase certa a vitória do Barcelona no campeonato. São os dados que ficaram do jogo, pura estatística, como a impressionante diferença de posse de bola entre as duas equipas (72% Barca, 28%, Real Madrid) e a desvantagem numérica da equipa de Mourinho, com a expulsão de Albiol, após a grande penalidade que cometeu sobre Villa.

O que aconteceu no Santiago Bernabéu deveria significar séria preocupação para o Real Madrid e seus adeptos. No entanto, por razões inexplicáveis, os fãs ficaram satisfeitos com o empate que ofereceu o título de campeão ao Barça. A maior parte dos madridistas e dos jornalistas considerou um êxito o que, de facto, foi uma decepção. É verdade que a equipa teve mérito em superar o afastamento de Albiol e chegar ao empate com uma demonstração do épico velho alento do Real. Tem sido sempre assim e assim continuará , sempre e sempre.

Para além do épico episódio, ajudou a entrada de Özil, na última meia hora. Colocar Özil no banco - uma das sensações da temporada e talvez o jogador mais admirado pelos adeptos - significa a mesma coisa que prescindir de Zidane no auge de sua carreira em Madrid e colocar no seu lugar um central. E isto é o que Mourinho fez, ao colocar Pepe no meio-campo retirando a titularidade a Özil. Noutros tempos, o Bernabéu teria explodido de raiva. Teria chamado o treinador de cobarde, acusando-o de trair a história do Real, apavorando-se ante o Barça. Mas algo mudou na psique colectiva dos madridistas, como ontem explicou o jornalista Roberto Palomar, na última página do diário Marca: "Insólito: perdem o campeonato e estão contentes."

Na conferência de imprensa, após o jogo, José Mourinho, reiterou o seu discurso cansado, novamente designando o árbitro responsável pelos problemas do Real. É um discurso de voo curto, que vende bem aos adeptos angustiados. Nem sequer incidiu sobre o mérito da sua equipa na meia hora final, até porque esse mérito se ficou a dever em grande parte ao erro do treinador no onze inicial. Sem Özil, o Real não deu dois passes seguidos. Faltou-lhe um grau mínimo de criatividade para surpreender o Barcelona. Foi uma concessão sem precedentes, que permitiu ao líder um jogo confortável . Como referi: 72% de posse de bola, uma terrível percentagem quando esta se verifica na equipa que melhor manobra o jogo no futebol mundial.

Através de Mourinho e do seu discurso foi criado falso discurso: o Real Madrid não pode jogar de igual para igual com o Barça. Falamos do clube com o maior orçamento do mundo, de uma equipa que tem recebido nas últimas temporadas jogadores que valem mais de 400 milhões de euros, que tem dois Bolas de Ouro, cinco campeões mundiais e abundante número de estrelas da Argentina, Alemanha e Brasil. Nunca na sua história, o Real teve melhor plantel, mas entrou num fatalismo inacreditável que leva a pensar que a única forma de se impor ao Barça é renunciar à história e comportar-se como uma equipa pequena.

Esta ideia de um Real diminuído reflecte a volta radical que sofreu o futebol espanhol. Guardiola disse há algum tempo, antes de se tornar treinador, que os jogadores do Barça saíam felizes quando empatavam no Santiago Bernabeu. "Empatámos no meu primeiro jogo em Madrid. Lembro-me de olhar para o rosto de Michel. Estava amargurado como uma fera ferida, com o resultado", comentou então o actual técnico do Barça. Vinte anos depois, os jogadores do Real e os adeptos celebraram como uma vitória um resultado que deu o campeonato ao seu grande rival. Assumem que esta é a melhor forma de enfrentar a final da Taça em Espanha e as meias-finais da Liga dos Campeões. E defendem esta perversão histórica com tal força, que consideram antimadridista quem se atreva a questionar essa imagem tão distante do que significou historicamente o Real. Até que aparece Alfredo Di Stéfano, o mito por excelência do Real Madrid, e que titulou assim o seu artigo semanal na Marca: "O Barça foi um leão, o Real Madrid, um rato." É esta a história.

Opinião de Santiago Segurola (link)

João Moutinho, és mesmo pequeninho...

No post anterior falei de Moutinho, mas faltou algo na minha argumentação... Faltou paixão, faltou vontade de deitar cá para fora o que me ia na alma, faltou muita coisa, faltou, principalmente ser Sportinguista. Assim sendo, cá vai a posta de pescada bem esgalhada:

Caro João,
quem diria que, passado quase um ano da tua saída do Sporting, estaria a escrever-te. E o que me leva a escrever-te, perguntarás tu.
É coisa pouca, garanto-te. E fácil de resumir.

Desde que foste lançado na primeira equipa do Sporting, habituei-me a ler e a ouvir dizer que, em campo, compensavas em entrega e em carácter o facto de seres meia leca. Passei, também eu, a apreciar essas qualidades, enquanto te assumia como um dos símbolos do meu clube.
Saíste, da forma que saíste, e, ainda assim, tive imensa dificuldade em apontar-te o dedo.
Felizmente, no domingo, tiveste uma atitude que me ajudou a dissipar dúvidas: a forma como festejaste o segundo golo do Porto, correndo histericamente pelo campo como se tivesses conseguido vingar a tua honra, fez-te descer mais baixo do que uma maçã podre esborrachada no asfalto.
Não porque não tenhas direito a festejar os golos da tua nova equipa, antes porque revelaste uma pequenez de espírito que te torna incapaz de respeitar o clube e os adeptos que te ajudaram a crescer. Pouco (em todos os sentidos), está visto.

Na tua cabeça até podia pairar a figura do Bettencourt, do Costinha ou de quem tu quiseres, mas, para todos os efeitos, aquele teu histerismo foi um soco no Sportinguismo. Um soco cobarde, diria mesmo, depois de ter-te visto bem encolhidinho em Alvalade, na primeira volta e, agora, todo pimpão junto aos teus novos amigos.
Aproveito, assim, para dar-te os parabéns. Não por uma conquista desportiva, mas por teres conseguido entrar para a lista de pilas pequenas e caracter ainda mais curto, onde cabem outros artistas como o Palmilhas Martins ou o Pai da Mariana.


Gamado do Cacifo do Paulinho, possivelmente o melhor blog de bola português. 

terça-feira, 19 de abril de 2011

FC Porto numa luta fraticida, e uma pequena inconfidência

Um ponto de ordem. O FC Porto é um justo campeão nacional, sobre isso penso não existir a mais pequena dúvida. Vaticinei este desfecho bem cedo [estou com preguiça para colocar aqui os links mas se quiserem se dar ao trabalho de procurar, algures em Outubro, Novembro...]

Dito isto estou à vontade, como se fosse preciso, para tecer uns considerandos às últimas atitudes portistas. Que me desagradaram, como se pode constatar neste post. Se há coisas que me desagradam imenso, uma delas é não saber vencer. Eu sei que o que aconteceu com Pinto da Costa também já tinha acontecido com outros intervenientes, de uma outra agremiação. Mas hoje falo do FC Porto e da forma desrespeitosa como tratou um rival - o Sporting Clube de Portugal. Não sou dos que alinham numa união velada entre estes clubes, e se dúvidas houvessem os actuais dirigentes, inteligentemente, demarcaram-se dessa postura. Parece ser um bom indicador, para uma direcção que à partida teria poucas simpatias. Pelo menos da minha parte.

Com a Liga ganha o FC Porto almeja um outro "título". O de vencer a Liga sem conhecer o travo amargo da derrota. A luta fraticida é esta, que poderá hipotecar as outras competições. André Villas-Boas está apostado em deixar uma marca única no clube, que perdurará no tempo mais ainda do que o próprio título de campeão, e nesse feito está incluída uma campanha invicta na Liga Portuguesa e a vitória na Liga Europa.

A inconfidência, se assim se pode chamar, é a de que no FC Porto acredita-se que o jogo contra o SL Benfica é mais uma excelente oportunidade para dar umas alfinetadas no rival. A Taça de Portugal estará irremediavelmente perdida. Mas não para Villas-Boas, que prepara esse jogo como se de uma final se tratasse, conforme "uma fonte" me confidenciou. Adivinha-se mais desgaste das principais unidades portistas, que bem falta irão fazer na Liga Europa.

PS: Não é segredo para ninguém que não simpatizo com João Moutinho, porque não me revejo nesta forma de ser e estar, que é capaz de desvalorizar uma casa que o acolheu quando ele "era ninguém" no futebol. Ao que parece os jogadores Sportinguistas pensam o mesmo. Viram Izmailov recusar um aperto de mão ao ex-capitão? Eu vi e confesso: gostei. Gosto de tipos assim, que não têm problemas com a coluna vertebral e para quem o dinheiro e os títulos não são tudo.   

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Uracrasia

uracrasia
(uro- + acrasia)
s. f.
Med. Incontinência de urina.

[Ok, é mais incontinência verbal. Parecendo que não, o FC Porto perde mais do que ganha com o constante achincalhar do adversário. Acho eu.] 

sábado, 16 de abril de 2011

Ao Sábado: Les raccords


“Ce qui est beau au cinéma, ce sont les raccords, c’est par les joints que pénètre la poésie.”
- Robert Bresson

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Ás Sextas: Set Me Free




The Sand Band: "Set Me Free"

A broken heart
Is like a broken door
You gotta fix it straight the way
Or it won't work no more

From the start
You were my giding light
Now I'm in the dark
There's nothing left inside

So I'll wait for love to shine on me
I'll wait for love to set me free

You lost your faith in me
I lost my faith in you
We lost our faith in love
That's when you know it's true

And everything you found
Is now a distant sound
And you made your bed
So you must lay down

I'll wait for love to shine on me
I''l wait for love to come and set me free
I'll wait for you to find the strength to be
Who you really are, not who they want you to be
Not who they want you to be
Not who they want you to be

quarta-feira, 13 de abril de 2011

sábado, 9 de abril de 2011

Ao Sábado: Each other dreams...

Clicar na imagem para ampliar...
“Whether we write or speak or do but look
We are ever unapparent. What we are
Cannot be transfused into word or book.
Our soul from us is infinitely far.
However much we give our thoughts the will
To be our soul and gesture it abroad,
Our hearts are incommunicable still.
In what we show ourselves we are ignored.
The abyss from soul to soul cannot be bridged
By any skill of thought or trick of seeming.
Unto our very selves we are abridged
When we would utter to our thought our being.
We are our dreams of ourselves, souls by gleams,
And each to each other dreams of others’ dreams.”


- Fernando Pessoa

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Lake Monona


“Toute culture naît du mélange, de la rencontre, des chocs. A l’inverse, c’est de l’isolement que meurent les civilisations.”

- Octavio Paz

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Caverna do Batman aparece no Google Maps!


View Larger Map

O que parece ser a Batcave, pelo menos visto de cima no Google Maps, é na verdade um hangar de uma base da Força Aérea dos EUA no Japão. O símbolo pintado de branco está em um dos hangares utilizados para alojar os aviões nipónicos de caça. Embora o logótipo faça referência directa ao homem-morcego, o emblema também é usado pelo Esquadrão 44 da Base Aérea de Kadena, em Okinawa.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Trabalhar na CP. Uma profissão de luxo.

First World War shipyard workers
Os trabalhadores da CP estão hoje em greve, uma vez mais, por causa dos cortes salariais. Confesso que, sempre que vejo uma greve, me solidarizo com os 'coitados' dos trabalhadores, que trabalham horas a fio para levar um parco rendimento para casa ao fim do mês. Nestes casos penso sempre em imagens como esta aqui de cima, em que se exige um esforço físico e mental titânico para se aguentar as tarefas que nos incumbem. Imagino as poucas centenas de euros que o trabalhador leva para casa, e com os olhos marejados de angústia pensa que «talvez no próximo mês seja melhor». Penso numa casa velha mas arrumada, com um santo à entrada a dar as boas vindas a quem vem por bem. Penso nas mãos enorme e calejadas do trabalho árduo, e do carácter e honra que as agruras da vida conferem. Num carro velho mas sempre afinado que é o orgulho da família ao Domingo, quando dão asas à alegria e cometem o pequeno excesso de ir até à praia de carro, passear os miúdos. Uma vida difícil mas honesta e honrada. O meu espírito ingénuo não me permite pensar num cenário diferente deste, afinal eles são simples trabalhadores que estão a fazer greve!

E depois leio esta notícia:
De acordo com a folha salarial da CP a que o SOL teve acesso, um inspector-chefe de tracção recebe 52,3 mil euros, há maquinistas com salários superiores a 40 mil euros e operadores de revisão e venda com remunerações que ultrapassam os 30 mil euros por ano.
«Só por se apresentar ao trabalho, cada maquinista recebe mais de seis euros por dia, devido ao subsídio de assiduidade». 
«O tempo médio de escala dos maquinistas é de oito horas por dia, num total de 40 horas semanais. Mas, em média, o tempo de condução está entre as três e as quatro horas diárias» 

Isto não é gralha, há tipos que só trabalham 3 a 4 horas por dia e recebem todo aquele dinheiro. Eu não sou economista, mas proponho aqui fazer uma breve comparação de números. Quem me lê habitualmente sabe quem eu sou e qual a minha profissão. Vamos começar por aí. Não me chateia nada ver que alguém ganha mais do que eu, não! Aliás, sonho com o dia em que muitos dos meus pacientes ganhem tanto ou mais do que eu, que Deus sabe que bem precisam. O que me chateia não é ter de trabalhar 6 dias por semana, 8h por dia e às vezes ter de dormir no Hospital. Isso não me chateia, faz parte da profissão que eu escolhi por vocação e, diga-se a verdade, sou bem remunerado por isso. Sempre que leio ou oiço algum camarada de profissão a queixar-se desta vida, fico angustiado. Angustiado pela falta de sensibilidade de saber que se quase 3.000,00€ mensais não são suficientes para ter uma vida tranquila nesse capítulo, o problema então não está no dinheiro, está na pessoa. 

É o caso destes senhores que trabalham na CP, que deviam era ter vergonha na cara e olhar para  prejuízo colossal que a empresa acumula e para os cortes que toda a gente, eu disse TODA, deveria fazer.

E sim, podem já começar pelo meu ordenado se assim  entenderem, desde que não se esqueçam de fazer o mesmo ao deles. Alguém aqui acredita que existe outro rumo para sairmos desta crise que não passe pela contenção da despesa pública? A subida do IVA mesmo que «seja somente em último caso» seria catastrófico para o tecido empresarial português, que se baseia em micro e pequenas empresas. Eu já perdi a conta aos pacientes que inevitavelmente me dizem: «sabe Sr. Doutor, tudo começou quando a fábrica faliu, fui eu e a minha mulher, mais a minha sobrinha e o marido, para o desemprego. Com esta idade já não arranjamos trabalho e já sabe como é... as preocupações...» Sim eu sei o que é isso, acabei de ver a vida desta pessoa estampada no seu coração fraco e desamparado e sei bem o que nos espera.   

terça-feira, 5 de abril de 2011

Palavra do dia: haríolo

haríolo
(latim hariolus, -i)
s. m.
Pessoa que diz adivinhar ou predizer. = adivinho, profeta

[recordando isto]

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Himenoplastia

Possivelmente haverá hoje pessoas a pensarem nisso. Falo de bola, do jogo de ontem e da forma categórica como o FC Porto venceu o SL Benfica. A única equipa que tinha um mínimo de argumentos para levar de vencida este FC Porto de Villas-Boas. E como se viu esses mínimos foram insuficientes em todos os capítulos: O FC Porto tem o melhor ataque, a melhor defesa, o melhor marcador, o jogador com mais assistências, a melhor série de jogos sem perder, mais jogos sem sofrer golos, a melhor série de vitórias, 16 pontos de vantagem sobre o segundo classificado, o melhor jogador (Hulk) e o melhor treinador.

Sobre este último, conheci Villas-Boas quando este treinava a Briosa [Associação Académica de Coimbra] e fiquei deveras impressionado com a forma lúcida como enfrentava os problemas e, principalmente, como sabia das fraquezas da equipa e as tentava disfarçar com os parcos recursos à disposição. O facto de ser jovem, pouco mais novo do que eu, impressionou-me só no início, porque no final o que conta é a competência. O pouco que acompanhei, e foi só mesmo o início, quando por motivos profissionais efectuei um parecer sobre uma questão médica de um atleta, foi deveras revelador do que por aí se avizinhava. Durante esse ano tive acesso a inside-information que apontava para um tipo verdadeiramente diferente. Jovem, com vontade de vencer, com a astúcia de uma escola (a de Mourinho) com uma personalidade forte e vincada, uma enorme paixão pelo jogo, e uma inteligência que ia para além do próprio jogo. O que, parecendo que não, acaba por ser relevante para a actividade.

Felizmente AVB triunfou pelos seus próprios meios, e os do clube evidentemente, e não colhem as teorias da conspiração. Falo de árbitros. Como no ano transacto dei os parabéns ao SL Benfica pela excelente campanha no campeonato, este ano faço o mesmo ao FC Porto pelo magnífico desempenho, que ameaça ser um dos melhores de sempre na Liga Portuguesa.

O factor Roberto. Jorge Jesus optou sempre por este GR espanhol, mesmo quando a prudência ditava que ele não estava em condições de alinhar de início. Relembro a importância da escolha de um bom Guarda-Redes... Esta teimosia terá sido um dos factores que mais contribuiu negativamente para o desempenho encarnado ser bem mais modesto que a época transacta. Havendo até adeptos que dizem que "Com o Quim na baliza e qualquer amador a treinar este plantel, éramos campeões." Um exagero, obviamente, até porque o FC Porto foi quem venceu o campeonato e não o Benfica que o perdeu, mas que é um facto que Roberto contribui sempre que abriu a capoeira...  

O SL Benfica, ontem, perdeu uma excelente oportunidade para demonstrar que está interessado em manter um espírito de rivalidade, dentro dos normais parâmetros do espectáculo futebolístico. Não me refiro há enorme falta de fairplay demonstrado, refiro-me ao acto criminoso de ter apagado as luzes quando o público estava a sair do Estádio. Felizmente que nada de grave se passou, mas todos sabemos que poderia ter acontecido uma catástrofe se houvesse algum pânico nesse momento. Como certamente não foi o electricista que mandou desligar a iluminação do estádio, impõem-se a abertura de um processo aos responsáveis encarnados. Ou, por sua vez, estes, condenam e demarcam-se de tais atitudes - o que até ao momento não se verificou.


O FC Porto está a realizar uma época demolidora, o Benfica foi somente mais uma vítima desta campanha memorável que tem vários protagonistas. Desde logo AVB, pelas razões citadas e pelo mérito de ter colocado alguns jogadores a jogar a um nível que nunca se tinha visto: Belluschi, Guarín, Sapunaru. Por ter feito de Heltón o melhor Guarda-Redes a actuar em Portugal. De longe, de muito longe. E de ter contibuído para o crescimento de talentos como Hulk - o melhor jogador da Liga - e Falcao. Um ponta de lança como poucos no futebol europeu.Um pequeno senão: João Moutinho. Não sendo um flop, longe disso, não é o jogador que os portistas estariam à espera. E por razões inerentes à própria transferência João Moutinho acaba por ter primazia sobre Belluschi e Guarín quando claramente produz muito menos futebol do que estes. Neste caso, e para variar, o FC Porto foi mais prejudicado que o Sporting. 

João Moutinho, esse, que uma vez mais demonstrou toda a sua classe quando referiu que é portista desde pequenino (ia jurar que ele já tia dito isso sobre o Sporting Clube de Portugal e o Sport Lisboa e Benfica). Gostei também de ver as declarações de Silvestre Varela, é sempre bom saber com quem se pode contar, e nada melhor do que cuspir na mão de quem a lhe deu de comer para sabermos com quem lidamos.

Ou muito me engano ou estes ainda vão comer o pão que Baal amassou lá pelas bandas do Dragão.

PS: tenho lido em alguns blogs mensagens do género de "toma Orelhas!" ou "é para aprenderes Orelhas", [ok, não eram assim tão softs] e eu fiquei a pensar, mas porque raio não gostam estes adeptos destas orelhas?!

Clicar para apreciar em ponto (ainda) maior!

Les Travaux et les jours


     “L’envie a le teint livide et les discours calomnieux.”

 - Hésiode Les Travaux et les jours

domingo, 3 de abril de 2011

Living in America




" l'accepter. C'est un désir naturel, une énergie naturelle, la fontaine très-source de toute vie. Oui, il ya des choses au-delà, de beaux espaces au-delà. Sex apporte la joie et le sexe apporte la misère aussi. Ils sont mélangés avec le sexe parce que le sexe est un mélange du ciel et la terre, corps et âme, d'où il apporte à la fois - il vous donne des ailes un moment, il coupe les ailes d'un autre moment ".

- Osho

sábado, 2 de abril de 2011

Ao Sábado: The French Style

             “Rien ne rend méchant comme le malheur. Voyez les prudes.”
      - Stendhal

After bath


"Variability is one of the virtues of a woman. It avoids the crude requirement of polygamy. So long as you have one good wife you are sure to have a spiritual harem."
~ G.K. Chesterton

Saturday Morning




“Il n’ya pas de moyen plus sûr pour parvenir dans ce monde que de coucher avec la femme d’un homme puissant.”
- Charles Nodier

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Palavra do dia: Conação

[calma, ainda não estou completamente louco]

conação
(latim conatio, -onis, esforço, empenho)
s. f.
1. Psicol. Processo mental de formação da vontade e da intenção.
2. Esforço consciente.

Uma leve brisa

A brisa fria que me refresca
Onde o mesmo instinto que me aflora
A brisa quente que me atiça
De meu maior desejo que vai embora

(Autor desconhecido)
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